E ..."o mundo é mesmo uma bola de algodão que está nas nossas mãos fazer feliz"...
Todos os dias são dias de as crianças serem felizes, serem amadas, serem amparadas, serem alimentadas, serem agasalhadas, serem enfim...crianças com todos os direitos a que a sociedade não pode fugir de as contemplar!
Que nada lhes falte, que nenhum ser humano ouse fazer-lhes mal, porque elas são as pérolas, os diamantes, as pedras fundamentais para alicerçar num amanhã...
O DIA NOVO, O DIA DO MUNDO MELHOR, O DIA DA PAZ E FELICIDADE PARA TODOS NÓS!
PARA TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO...O MEU SINCERO RESPEITO SEMPRE!
Nela
(Foto google)
Nelinha, as crianças são, sem dúvidas, o espaço e o tempo do nosso contentamento. Não tenho a tua paciência... por isso todos querem ir para casa da tia Nela. Podem fazer tudo, até de cabeleireiros... mas eu também adoro as crianças. Às vezes também são cruéis... mas é uma idade em que todos os preconceitos são ultrapassados... desde que não acirrados pelos adultos. A infância é o espaço temporal da sã convivência e da formação das amizades para o futuro. Momento de fomação da personalidade e da percepção da identidade. Tempos importantes para que percebam o que é a LIBERDADE e quais os limites desta... assim o futuro poderá ser mais tranquilo.
ResponderEliminarDeixo-te três poemas de que gosto muito.Espero que te agradem. Bjinhos e continua a manter este espaço.
Diálogo
Levarás
pela mão
o menino
até ao rio. Dir-lhe-ás
que a água é cega
e surda. Muda,
não. Que o digam
os peixes, que em silêncio
com ela sustentam
seu diálogo
líquido, de líquidas
sílabas
de submersas
vogais.
Albano Martins, in "Castália e Outros Poemas"
Criança
Cabecinha boa de menino triste,
de menino triste que sofre sozinho,
que sozinho sofre, — e resiste,
Cabecinha boa de menino ausente,
que de sofrer tanto se fez pensativo,
e não sabe mais o que sente...
Cabecinha boa de menino mudo
que não teve nada, que não pediu nada,
pelo medo de perder tudo.
Cabecinha boa de menino santo
que do alto se inclina sobre a água do mundo
para mirar seu desencanto.
Para ver passar numa onda lenta e fria
a estrela perdida da felicidade
que soube que não possuiria.
Cecília Meireles, in 'Viagem'
As meninas
as minhas filhas nadam. a mais nova
leva nos braços bóias pequeninas,
a outra dá um salto e põe à prova
o corpo esguio, as longas pernas finas:
entre risadas como serpentinas,
vai como a formosinha numa trova,
salta a pés juntos, dedos nas narinas,
e emerge ao sol que o seu cabelo escova.
a água tem a pele azul-turquesa
e brilhos e salpicos, e mergulham
feitas pura alegria incandescente.
e ficam, de ternura e de surpresa,
nas toalhas de cor em que se embrulham,
ninfinhas sobre a relva, de repente.
Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"