terça-feira, 20 de setembro de 2011

CAOS...




Não sei se rasgo de vez ou se costuro;

se desmancho tudo ou se decoro;

se aumento o espaço ou se levanto o muro.

Desajuste. Se eu tirar a goma, a folha entorta

e eu a deixar, é folha morta;
se eu limpar o trilho, fica liso

mas se deixar ficar, perde-se o brilho.

Um pouco de emoção, um pouco de loucura.

A roda passa, a vida dura

até o dia em que a poesia se desmanche

e de uma vez para sempre a música se canse.

A pedra do chão então se abre ao meio

e vira-se recheio de uma terra em transe.


(Flora Figueiredo) - retirado do blog - AMOR FEITO POESIA -

http://poesiaseternas2.blogspot.com/


Nela

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