Não sei se rasgo de vez ou se costuro;
se desmancho tudo ou se decoro;
se aumento o espaço ou se levanto o muro.
Desajuste. Se eu tirar a goma, a folha entorta
e eu a deixar, é folha morta;
se eu limpar o trilho, fica liso
se eu limpar o trilho, fica liso
mas se deixar ficar, perde-se o brilho.
Um pouco de emoção, um pouco de loucura.
A roda passa, a vida dura
até o dia em que a poesia se desmanche
e de uma vez para sempre a música se canse.
A pedra do chão então se abre ao meio
e vira-se recheio de uma terra em transe.
(Flora Figueiredo) - retirado do blog - AMOR FEITO POESIA -
http://poesiaseternas2.blogspot.com/
Nela
Sem comentários:
Enviar um comentário