terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Muito bom! Excelente!


Adaptação moderna dos Lusíadas - EXCELENTE

I

As sarnas de barões todos inchados

Eleitos pela plebe lusitana

Que agora se encontram instalados

Fazendo aquilo que lhes dá na gana

Nos seus poleiros bem engalanados,

Mais do que permite a decência humana,

Olvidam-se de quanto proclamaram

Em campanhas com que nos enganaram!

II

E também as jogadas habilidosas

Daqueles tais que foram dilatando

Contas bancárias ignominiosas,

Do Minho ao Algarve tudo devastando,

Guardam para si as coisas valiosas.

Desprezam quem de fome vai chorando!

Gritando levarei, se tiver arte,

Esta falta de vergonha a toda a parte!

III

Falem da crise grega todo o ano!

E das aflições que à Europa deram;

Calem-se aqueles que por engano.

Votaram no refugo que elegeram!

Que a mim mete-me nojo o peito ufano

De crápulas que só enriqueceram

Com a prática de trafulhice tanta

Que andarem à solta só me espanta.

IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado

Por quem sempre senti carinho ardente

Não me deixeis agora abandonado

E concedei engenho à minha mente,

De modo a que possa, convosco ao lado,

Desmascarar de forma eloquente

Aqueles que já têm no seu gene

A besta horrível do poder perene!---------------------------------------------------------------



E + outro: Um poema da "mente", só/mente!

POEMA da MENTE...


Há um Ministro que mente...

Mente de corpo e alma, completa/mente.

E mente de modo tão pungente

Que a gente acha que ele mente, sincera/mente.

Mas mente, sobretudo, impune/mente...

Indecente/mente.

E mente tão habitual/mente, tão hábil/mente,

Que acha que, história afora, enquanto mente,

Nos vai enganar eterna/mente.


Nela

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