terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Lei


O que é preciso é entender a solidão!

O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga que leva os mortos.

O que é preciso é esperar pela estrela que ainda não está completa.

O que é preciso é que os olhos sejam cristal sem névoa, e os lábios de ouro puro.

O que é preciso é que a alma vá e venha; e ouça a notícia do tempo, e. entre os assombros da vida e da morte, estenda suas diáfanas asas, isenta por igual. de desejo e de desespero.



Cecília Meireles, in 'Poemas (1954)'
Nela

Sem comentários:

Enviar um comentário