De mim para mim...

(imagem net )

Que bom que seria se eu olhasse os lírios do campo!

Se os olhasse com os olhos da realidade de quem vê a natureza em tudo!

Mas não!

Os olhos andam embaciados, apenas vislumbram sombras, realidades que não consigo admitir, porquê?

Vejo mal sim!

Não vejo e não luto para enchergar que o mundo é como é, com as suas diferenças entre uns e outros, que todas nós pessoas somos diferentes e iguais...que a aflição nos atinge, o medo nos consome, a alegria é passageira e o muro que nos divide não é nenhum... senão aquele que a nossa mente fantasia!

E a solidão?

É comum...entra...aloja-se...e se não lhe damos um pontapé e não saimos das nossas quatro paredes...é o caos...é vício...é ver defeitos em tudo e em todos...é a rejeição do exterior...é pensarmos que ninguém é digno de nós, quando nós é que nada dizemos aos outros!

Auto-estima!

Baixa a auto-estima quando o telefone não toca, os amigos não aparecem e o silêncio consciente nos chama para a realidade: vai lá! Chama tu! Não te armes em desgraçadinha, não há vítimas, há exagero da tua auto-estima!

Quem julgas que és? Por acaso brilhas assim tanto que te podes dar ao luxo de esperar sentada que o circo se arme e sejas tu a estrela?

Olha que não! Não há palmas! Só há críticas...e as piores são as interiores...as de assumir as falhas, os afastamentos, a apatia, o desprezo pelo teu próximo...e isso é complexo, não penses que vences sozinha, ninguém modifica ninguém, não há apátridas, nem bastardos, nem inocentes e muito menos culpados...por isso segue em frente que é o caminho, avança sem receio...tolerando, amando, amparando...tudo o que quiseres...mas ...

VIVE ACEITANDO QUE NÃO ÉS A ÚNICA A OLHAR O CÉU!

QUE HÁ PEDRAS NO CAMINHO E APESAR DE TUDO NÃO ANDAS DESCALÇA!

A VIDA NÃO GIRA À TUA VOLTA, GIRA TU EM TORNO DELA...E MODIFICA O QUE TIVER QUE SER MODIFICADO...MAS SÓ DEPOIS DE TE MODIFICARES A TI!

A natureza dá-se amorosamente em cada estação, florindo... à revelia do nosso querer!

Dissertação campestre de interiores com frescuras...

Nela