A população e trabalhadores portugueses já estão a pagar a crise há anos a fio, o sucessivo aumento dos bens alimentares, dos combustíveis, dos transportes, do crédito à habitação, da água e da luz, das taxas moderadoras e dos medicamentos, do material escolar... numa escalada sem fim à vista.
Por isso Portugal é, na UE a 27, o único país há três anos consecutivos sem aumento real de salários, campeão da desigualde social. Com o crescimento dos despedimentos e do desemprego, com a precariedade laboral a dominar, sobretudo os jovens, a insegurança no presente e no futuro das famílias é enorme e o seu endividamento bate recordes.
Ao mesmo tempo, como se de outro país se tratasse, banqueiros e gestores, grandes empresas e grupos económicos têm acumulado lucros escandalosos. Agora que a crise financeira lhes bate à porta, tremem por dentro, mas por fora, assobiam para o lado. Se tremem e assobiam, não é por medo de não poderem pagar a casa ou o carro, mas sim nervosos sobre a melhor maneira de se safarem da crise sem perderem os milhões que enterraram na especulação bolsista.
E de o fazerem, mais uma vez e sempre, à custa dos trabalhadores e dos cidadãos em geral. É esse o velho papel reservado a gente como o 1º ministro e o ministro das finanças, com a benção mais ou menos empertigada, do presidente da república – bombeiros e enfermeiros do Capital.
Tenham eles os nomes que tiverem! Chamem-se Bush, McCain, Obama, Merkel, Sarkozy, Barroso, Sócrates, Leite, Santos, Silva... Podem até torcer o nariz e fazer caretas uns aos outros, mas é no esforço de melhor cumprirem o seu papel. É o que estamos vendo nestes dias de susto, para eles e para nós, por razões opostas.
Os seus programas para enfrentar a crise são as falências com as respectivas compras e fusões interbancárias, acompanhadas de biliões de euros e de dólares dos contribuintes injectados pelos bancos centrais no sistema financeiro para que ele se aguente, e, em último caso, agora na ordem do dia, a estatização das maiores instituições bancárias, socializando as perdas acumuladas para salvaguardar os lucros possíveis.
São esses os programas e as soluções que servem trabalhadores e populações? Os resultados mostram o contrário. Mesmo sem pôr em causa o sistema, mas para que o prejuízo não recaia por completo sobre o povo e, cosméticas à parte, tudo continue como dantes, são precisas medidas que rompam com o neo-liberalismo financeiro até agora reinante.
http://comunidade.sol.pt/blogs/talina/archive/2009/01/29/Quem-vai-pagar-a-crise-_3F00_.aspx
http://www.youtube.com/watch?v=HrpotNg7a7I
(clicar para ver vídeo)
Nela
quinta-feira, 14 de abril de 2011
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O que eu já li nos jornais
ResponderEliminaré que dos 80 mil milhões de euros que vêm aí,
a maior fatia vai para...
os bancos!
Cordiais saudações minhas
Comungo das tuas preocupações, amiga. Os tempos estão duríssimos, claro, sempre para os mesmos, aqueles que já não tinham uma vida desafogada.No quadro partidário não vejo solução. E com Sócrates não há esquerda possível. Boa Páscoa. Beijos meus.
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